Tá chovendo lá fora,uma chuva fria e fina daquelas que não tem como escapar...e eu sei que mesmo que eu tivesse guarda chuva,eu iria molhar meus pés,e mesmo se meus pés estivessem envoltos por sacos plásticos pretos de 50 litros,eu sairia ensopada...porque existem furos dentro de mim que eu ainda não consegui tampar..nem com rolha,nem com gritos,ou sorrisos,nem com treinos frenéticos se pausas,nem viajando pra fora do país
,nem me escondendo do mundo eu consigo tapar;é o mundo de conto de fadas que não consigo evitar,é o ludico picadeiro do circo que não sai de mim,um constante se atirar e nunca parar nem pra tapar o machucado que não pàra de sangrar...aprendi com o tempo que a ferida estanca,cicatriza.Deixa marca,eu sei que deixa marca,tira pedaço,mas eu sempre pensei que fosse a arte entrando por algum canto;Mas não.Era eu fugindo por outro lado.
Estou sentada no laboratório de computação da faculdade que frequento e aqui me sinto bem;é como se eu estivesse protegida de um o que ou um algo,de alguma coisa da qual eu corro o tempo todo com uma velocidade de dar inveja a corredor de fórmula um,porque não tem parada,não tem pit-stop,não tem ninguém ao redor....é assim que eu sinto e assim que eu prefiro;gente ao redor atrapalha e confunde,o toque agora pra mim seria demais,,e aprofundar em qualquer tipo de relação então é inviável neste momento da minha vida.....correr é melhor,me cansa,ninguém me vê,faz bem pra mente e pro meu corpo...correr no sentido figurado como eu já disse antes;
Existem buracos dentro de mim,valas que caberiam pessoas deitadas e que até poderiam rolar na minha alma(coisa que já aconteceu).Impulsão.Se encontro,penso que é amor.Mas ouvi de alguém esses dias,alguém que vem me mostrando minhas descomunais valas emocionais,que você não conhece uma pessoa antes de comer junto com ela um saco de sal....e se essa lei realmente vale,e ela faz muito sentido,vendo-se do ponto que pessoas são cheias de peculiaridades e intimidades que não são abertas assim,"ao público"tão facilmente,se essa regra é real, até o dia de hoje me atirei em relações sem sequer saber o tipo de sorvete preferido,sem sequer saber nada,sequer amei ninguém até o dia de hoje;Isso me apavorou.E é fato.Acho que nunca comi um saco de sal até o fim com ninguém,não esperei a hora certa,fui apostando com moedas de chocolate do meu castelo de conto de fadas entre o certo e o incerto e nessa brincadeira,fui me machucando,foram me machucando,eu permitindo não ser reconhecida nem conhecer por querer tudo na hora,por viver numa explosão sentimental,como um sprint de 1000 metros de canoa havaiana;ou vai,ou racha;Rachou minhas emoções ao meio.Tô assim,de guarda chuva no temporal vazando por todos os cantos,fugindo pra não ver mais,virei uma cúpula de aço onde cabe só eu.Mais ninguém.Nunca imaginei ter que passar sede para entender as pessoas.Daqui pra frente,vou comprar um saco de sal....
quinta-feira, 14 de agosto de 2008
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Um comentário:
vishhhhhh
acho que te cato essa semana
pra gente ir ver a exposição
do "querido" marcel duchamp
marchand du sel...
the salt seller...
bjs
m.
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