segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

A menina que viu a Janela aberta

Ninguém nunca fecha nada de forma que não possa ser aberto novamente.Mas existem pequenas vielas deixadas no rastro da gente que só são encontradas por piratas,piratas que tem o mapa da alma da gente.O mundo ta ae de tal forma que todo mundo se encontra e reencontra diversas vezes navegando numa densa madrugada de palavras digitadas,um mar delas.É quando a gente se dá conta que todo o enredo "mundo"hoje não passa de uma grande linha cruzada indiretamente numa alta conectividade de siglas que se traduzem em laços e tentivas de abraços,daquele tipo raro,dos que vêm se tornando escasso...e a era digitalizada faz tempo vem desmoralizando a permanencia do "lado a lado" e sendo traduzida por web cameras já não muito privadas.Ainda assim,nessa atmosfera que vem se traduzindo mágica por sua expansão imediata e prática, um novo universo de sensações se criam pela afinidade e nos conduz a um outro que se torna próximo no instante do "enter".Está lá,no perfil do seu face book,onde vc se recria da forma como se espera se ver,e de uma segunda parte que absorve o que quer,e te adiciona:pronto,são novos amigos.De uns tempos pra cá,uma pirata invadiu meu blog fazendo das minhas catástrofes literárias fragmentos dela mesma,acabou se solidificando em mim como uma parte que se acoplava de forma exata.Em contraponto,na distancia do teclado,nada parece tão lógico,e sim mais uma sequência de coincidências e ideais se conectando de forma a fluir e desencadear uma grande amizade.Uma pirata que entendeu minhas partes que se recompunham em textos parte dela também,como um sinal para entrar na janela aberta da minha cyber vida.Do modo como se faz,logo sentamos no parapeito das minhas estreitas vilas emocionais e encontramos na escrita,muitos pontos que se fundiriam em outros pontos comuns.A literatura abrindo caminho da digitalização no começo de uma noite que precederá e se prolongará em parceria de forma tão profunda revirando e subindo á superfície em forma de bolha-criatividade,em sua forma crua e tão literária,tão paupável tão em comum vista de estados(que se diga tambem emocionais)tão distantes.Talvez,no fundo,o tempo esperava ancioso pela fundição,para que fossemos apenas uma num modo de ver de dois angulos uma era digital em comum.A menina estava na minha janela.Agora ela não estava sozinha.Ela viu que a janela estava aberta.

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